sábado, 6 de dezembro de 2008

Cont. Historia do Design de Interacção

É a partir de 1968 que o Design de Interfaces passa a ser desenvolvido por Engenheiros, da área das ciências de computadores e Psicólogos. Engenheiros de Software desenvolvem linguagens de programação de alto nível, arquitectura de sistemas, metodologias de Design de software e linguagens baseadas em linha de comandos, e os psicólogos determinam informações sobre capacidades humanas como memória e tomada de decisões.

O facto de agora todas as pessoas e empresas usarem os computadores para cálculos, redigir textos etc., leva a uma alteração de objectivos. Cada vez mais a atenção começa a estar focalizada nas tarefas, na facilidade de aprendizagem, na facilidade de uso, na redução de erros e, consequentemente, na poupança de tempo ao efectuar determinada tarefa. Nos anos 80 que surge o termo Interaction Design, criado por Bill Moggridge e Bill Verplank.

Nos anos 90 com o surgimento das redes, computação móvel, e sensores infravermelhos, a criação de uma diversidade de aplicações para todas as pessoas torna-se possível. Criar produtos, serviços e/ou ambientes interessantes hoje em dia implica particular atenção no contexto de uso, características de indivíduos, padrões de vida e comportamento. Interessa não só satisfazer necessidades presentes de forma útil, usável e agradável, mas também pensar em formas de melhorar as consequentes interacções e necessidades criadas pela utilização de tais produtos.
Embora o termo “Design de Interfaces” passe uma imagem um pouco estática das coisas, podemos afirmar que este se preocupa agora com a pessoa que está em frente ao computador, com a compreensão, entendimento, conhecimento, e com comunicação, mas com particular atenção no factor tempo. Um bom desenvolvimento ao nível do Design de Interacção implica um conhecimento sobre os contextos de uso, as actividades, o que se passa em torno da actividade, onde é que a atenção das pessoas está focada, o que acontece antes e depois, quais os seus objectivos, entre outros.

Até aqui, desenhava-se para um único indivíduo, mas hoje em dia é necessário desenhar para um conjunto de indivíduos que interagem entre si. A tecnologia permite a interacção e a realização da tarefa, mas é a interface e o comportamento que dita o sucesso, ou não, da interacção. Antes era o homem que tinha que se adaptar à máquina mas hoje é a máquina que se adapta ao homem. Hoje o homem pode “se desligar” da máquina mas exige que esta lhe permita executar tarefas que passam pela criação, produção ou construção.
Agora a comunicação deixa de ser somente de um-para-um mas de um-para-muitos e de muitos-para-muitos.

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